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APPY DIZ QUE INCLUSÃO DAS CARNES NA CESTA BÁSICA DESONERADA TEM IMPACTO DE 0,53 PONTO PERCENTUAL

17 de julho de 2024

Secretário afirmou que equipe econômica vai explicar ao Senado os impactos

O secretário-extraordinário da reforma tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou hoje, que a equipe econômica continuará tendo postura proativa para explicar aos senadores o impacto de 0,53 ponto percentual (p.p.) na alíquota padrão de referência em função da inclusão da proteína animal na cesta básica desonerada.

“Vamos [ter essa proatividade]. Tivemos na Câmara e vamos ter no Senado”, explicou Appy ao Valor, em sua primeira entrevista após a Câmara concluir a aprovação do texto principal da regulamentação da reforma tributária.

“A secretaria teve uma posição que foi encontrada no projeto original, o Congresso mudou. E a gente respeita a decisão do Congresso. O Senado vai avaliar toda a composição de tudo que está na cesta básica. Assim como a Câmara fez, o Senado vai fazer esse trabalho de novo e a gente vai dar apoio técnico para eles entenderem como mudanças nesse desenho afetam”, acrescentou.

Após uma queda de braço que colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a oposição e a bancada ruralista de um lado e a equipe econômica e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) de outro, a proteína animal foi incluída na cesta básica isenta de impostos na reta final da votação da regulamentação na semana passada.

Diante da sinalização de que a própria base governista apoiaria a medida, o relator Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu a aprovação de um destaque do PL, principal legenda da oposição, que tratava do tema.

Appy evitou abordar o assunto como uma derrota da equipe econômica e destacou que a manutenção do item na cesta desonerada não é uma decisão da Fazenda. “Isso é o Senado que vai decidir. A Fazenda só vai dar apoio para o Senado tomar a melhor decisão possível. Nem foi a Fazenda que definiu as mudanças que foram feitas na Câmara, foi a política. A gente tem que respeitar a política”.

O auxiliar do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pontuou que a equipe econômica subsidiará todas as questões que o Senado quiser discutir.

“Nosso trabalho é fornecer para os políticos informações para que eles tomem a decisão que seja mais fundamentada possível. Do ponto de vista distributivo, o ideal era nem ter cesta básica e fazer tudo via cashback. Mas, já na emenda constitucional, o Congresso optou por ter cesta básica e cashback”.

FONTE: VALOR ECONÔMICO – POR MARCELO RIBEIRO, JÉSSICA SANT’ANA E BEATRIZ OLIVON – BRASÍLIA

 

 

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