Igor Rocha afirmou que exceções e descontos comprometeram o impacto máximo esperado da reforma, resultando em alíquota de referência mais alta
Em uma entrevista ao CNN 360°, o economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, abordou a reforma tributária no Brasil, destacando sua importância, mas criticando o fato de que seu potencial máximo foi comprometido.
Segundo Rocha, o modelo atual de tributação no país é “praticamente paleolítico”, sendo adotado por poucos países ao redor do mundo. Por isso, a adoção do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) representa um alinhamento importante com padrões internacionais.
No entanto, o especialista apontou que o verdadeiro impacto da reforma foi golpeado por diversas exceções e descontos concedidos a setores específicos, além de regimes especiais para determinados segmentos.
“Isso faz com que obviamente aquela alíquota de referência seja muito alta, e obviamente, como sempre, a indústria deverá pagar essa ‘meia entrada’ dos demais setores”, criticou Rocha.
Transição demorada e judicialização
O economista comparou a reforma tributária a uma reforma em uma residência, dizendo que, embora seja algo positivo, o processo é demorado e pode causar “dores de cabeça”. Ele atribuiu a longa transição à existência de regimes especiais no Brasil, o que poderia gerar uma onda de judicialização por parte de setores beneficiados.
“Uma transição é como se fosse um esparadrapo. Se a gente tirasse rápido, ia doer e a gente fazia isso rapidinho. O problema é que, infelizmente, vai ser um pouco mais demorado”, explicou.
Apesar das críticas, Rocha reconheceu que a reforma é positiva em comparação ao modelo atual e que, embora demorada, a transição trará melhorias a longo prazo.
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FONTE: CNN BRASIL – POR RAPHAEL BUENO