Senadores manifestaram ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, posição contrária ao prazo de 45 dias para deliberar a matéria.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou hoje que levará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o apelo dos líderes da Casa para a retirada da urgência constitucional do projeto de regulamentação da reforma tributária aprovado ontem na Câmara dos Deputados.

“A reforma tributária acabou de ser votada, houve pedidos de retirada da urgência. Eu não posso dizer que será retirada ou não porque eu tenho que falar com o governo”, declarou Wagner.

Na reunião de líderes realizada hoje, senadores manifestaram ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-AM), posição contrária ao prazo de 45 dias para deliberar a matéria.

Escolhido relator do projeto, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), disse que não será fácil aprovar o tema ainda neste ano.

“Não é uma meta fácil [aprovar ainda este ano] porque nós temos a partir da segunda quinzena de agosto o calendário eleitoral no país e dois terços do Senado estão em pré-campanha para 2026”, pontuou Braga. “Nós conversamos na reunião de líderes e o presidente Pacheco está pedindo à assessoria da mesa um calendário, prefixando nele quais serão as pautas para que a gente possa estar preparado para fazer essas votações.”

Braga evitou comentar a inclusão de proteína animal na cesta básica desonerada e sinalizou que irá colocar armas e munições no Imposto Seletivo. Em seu relatório da reforma tributária no Senado, Braga incluiu os produtos bélicos no chamado “imposto do pecado”, mas o trecho foi suprimido após o texto retornar à Câmara.

FONTE: VALOR ECONÔMICO – POR CAETANO TONET E JULIA LINDNER – BRASÍLIA