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REFORMA TRIBUTÁRIA: TRAVA DA ALÍQUOTA GERAL FOI MUDANÇA MAIS IMPORTANTE, DIZ LIRA

11 de julho de 2024

“A inclusão da proteína na cesta básica vai dar um impacto grande na alíquota. Vamos ver como se comportará isso. Mas o que deu mais conforto foi essa trava que foi colocada no texto”, afirmou o presidente da Câmara

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira (10), que a trava de 26,5% para a alíquota geral da reforma tributária deu “conforto” para a inclusão de proteínas animais, como a carne, na cesta básica desonerada.

“A inclusão da proteína na cesta básica vai dar um impacto grande na alíquota. Vamos ver como se comportará isso. Mas o que deu mais conforto foi essa trava que foi colocada no texto. Se bater perto [dos 26,5%] vai ter que ter alteração, vai ter que se rever com tempo, foram todas as proteínas, qual sai, qual fica?”, disse Lira.

Contra a vontade do presidente da Câmara, a modificação para a inclusão de itens como carnes e queijos na cesta básica desonerada ocorreu após um destaque sobre o tema ter sido apresentado pelo Partido Liberal (PL).

Diante da expectativa de derrota, até mesmo o relator do texto, Reginaldo Lopes (PT-MG), mudou de posição e defendeu a entrada da medida, alegando ter o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Se houver risco de a alíquota ultrapassar 26,5%, o governo vai ter que mandar um PLP para o Congresso apontando as modificações para manter a alíquota. Foi essa uma das contribuições mais importantes, em detrimento de tudo o que foi discutido”, pontuou em outro momento.

Lira disse, ainda, que mantém a posição de que considera “errada” a inclusão das proteínas animais caso haja impacto na alíquota geral. Apesar disso, ele ponderou que também é “certa” a postura daqueles que querem a carne desonerada na cesta básica.

“A Câmara fez as alterações que melhoram o texto, deixam o texto mais justo nas subjetividades que existiam ali. O que mais aconteceu é fruto da maioria do plenário, que fala politicamente pelas matérias que vão e que não vão. O texto principal foi aprovado por um quórum superior ao quórum de PEC”, disse Lira após a deliberação.

“Reforma possível”

De acordo com o presidente da Câmara, o destaque da carne foi acatado porque “havia um grande clamor para que essa questão fosse resolvida”. “Se é o ideal, não é o ideal. Não me cabe comentar, nem é pergunta de ninguém, porque resultado de plenário não se discute”, declarou. Depois, ele comentou que “se a reforma não é a ideal, é a possível”.

Lira também elogiou a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas discussões.

FONTE: VALOR ECONÔMICO – POR JULIA LINDNER, MARCELO RIBEIRO E JÉSSICA SANT’ANA – BRASÍLIA

 

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