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A REFORMA TRIBUTÁRIA E O PENSAMENTO ESTRATÉGICO COMO ELEMENTO DE SUCESSO NA JORNADA

23 de outubro de 2024

A Reforma Tributária sobre o consumo já é uma realidade constitucional (EC 132/2023) e agora o que fazer para se adaptar e obter navegar com segurança nesse cenário de mudanças?

Pois bem, trazemos aqui uma abordagem do pensamento estratégico proposta por Michael D. Watkins em que ele divide o ciclo do pensamento estratégico em seis disciplinas.

  1. A disciplina do reconhecimento de padrões: capitalizar a experiência em 36 anos (desde a Constituição de 1988) de ICMS e ISS para identificar semelhanças no modelo tributário atual e no novo modelo que será implantado. Nessa disciplina se faz necessário ter disciplina no estudo sistemático da EC 132/2023, do PL 68/2024 e das legislações correlatas: conhecer para identificar padrões. Como fazer? Estudando as leis, participando de palestras e workshops, discutindo em grupos de whatsapp, enfim, envolvendo-se no aprendizado;
  2. A disciplina da análise de sistemas: ver as coisas de forma sistemática é ver na perspectiva das interconexões com áreas de conhecimento diversos. A Reforma atingirá diversos ramos de saberes, de profissões, de negócios. Para atingir essa disciplina é necessário dialogar, ouvir profissionais, ouvir empresários e acima de tudo, analisar os processos organizacionais e profissionais. Como a Reforma atingirá os processos na minha profissão, na minha organização? Essa deve ser uma pergunta recorrente para se otimizar processos adequados;
  3. A disciplina da agilidade mental: essa disciplina tem relação como o profissional e como a organização se conectam com uma realidade que terá que transformar e a realidade que existe hoje. A Reforma traz esse desafio, pois teremos que conviver com dois sistemas de 2026 até 2032. Para enfrentar esse desafio temos que “mudar de nível” que nas palavras de Watkins significa estar com os pés na realidade, mas dedicar tempo para se adaptar à nova realidade definitiva a partir de 2033. Para essa disciplina é importante desenvolver modelos de cenários seja em planilhas eletrônicas, seja em algum software;
  4. A disciplina da resolução estruturada de problemas: conviver com a transição tributária exigirá a disciplina de reconhecer, priorizar e mobilizar frente a problemas que podem ser ameaças e oportunidades. A Reforma trará dúvidas quanto à formação de preços, de como posicionar um produto/serviço frente aos concorrentes; o profissional terá que aumentar seus honorários em função do aumento de serviços, terá pessoal capacitado para enfrentar as demandas? Para essa disciplina teremos que nos valer mais de ferramentas como identificação de causas/efeitos (espinha de Ishikawa) em que poderemos racionalizar uma problemática e utilizarmos nossa criatividade;
  5. A disciplina do visionarismo: ter visão do futuro como uma realidade que não existe é, talvez, a mais árdua disciplina. A Reforma demandará engajamento das equipes de organizações e de profissionais. Compartilhar os desafios com os colaboradores e obter engajamento e colaboração é o direcionamento mais adequado para o sucesso. Treinamentos, workshops, palestras, discussões e fóruns são caminhos para conduzir os times ao sucesso;
  6. A disciplina da astúcia política: além de engajar pessoas, as organizações e profissionais devem criar conexões e alianças. Uma empresa pode liderar e influenciar seu setor com ações relacionadas à política de preços no novo cenário tributário. Profissionais representam papel relevante no aconselhamento e consultoria. Engajamento em agremiações empresariais e profissionais é um bom caminho para identificar os padrões da formação de consensos e tomada de decisões.

O pensamento estratégico é uma forma estruturada de enfrentar mudanças e desafios e de encontrar resultados ótimos. Organizações e profissionais com foco, disciplina e método transformam suas realidades e moldam a sociedade em melhores caminhos.

FONTE: CONTÁBEIS – POR ARCHIMEDES ROGER PINTO FERNANDES

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